terça-feira, 8 de agosto de 2017

Por um mundo...

   ...onde moradia, alimentação, transporte, educação, saúde, lazer, cultura e esporte sejam algo efetivamente acessíveis a qualquer pessoa, independente de cor, idade, origem social. E mais ainda, sem necessidade de contribuição prévia ou pagamento, significando que a pessoa sem condicionalidade nenhuma terá o direito de usufruir de um bem ou serviço. Dessa forma vamos poder concretizar que todas as conquistas que a humanidade alcança chegue para todos os seres humanos.
   Mas aí quem paga a conta ou sustenta um sistema assim? A resposta é simples e profunda: nós. Isso significa que todas as pessoas serão responsáveis por criar e manter essa cultura de autossustentabilidade, ou seja, o individuo com sua mentalidade cotidiana terá o pensamento que mesmo acessando a priori um recurso, precisará contribuir produzindo e trabalhando em prol da coletividade e de si consequentemente (dialética). 
   Isso não exclui a individualidade devido reforçar o peso do nós e da cultura, ao contrário, valoriza verdadeiramente a individualidade, uma vez que em nosso sistema capitalista e na relações interpessoais cotidianas, o sujeito em extrema vulnerabilidade social passa como individuo invisível e suas necessidades, sentimentos, sonhos e dignidade são ignorados pelo modelo de sociedade individualista e consumista que vivemos (mantemos ou rompemos).
   Mas dar a luz a esse novo modelo de sociedade não se restringe somente as transformações sociais, econômicas e políticas no sentido macro que esperamos. Mas significa desenvolver a gestação dentro de nós de valores, hábitos, pensamentos e posturas que ultrapassem o modelo selvagem predominante e façam crescer em meio as pessoas com que nos relacionamentos uma mini sociedade de comunhão com o outro; de querer estar junto com o outro nesse mundo e de se preocupar pelo seu bem estar.
   Isso tem impactos profundos no EU de cada pessoa, na forma de cada um se ver como HUMANO e ver o HUMANO no outro. De sentir suas potencialidades artísticas, esportivas, espirituais e para o trabalho, florescerem. Em suma, o fortalecimento da autonomia do sujeito.
   Podemos falar assim de uma psicologia social da coletividade:
 - Consciência da coletividade
 - Percepção e ação na construção da Cultura da solidariedade
 - Transformação e progresso das potencialidades humanas
 - Evolução das funções psicológicas que diferenciam o humano do animal
 - Fortalecimento e aperfeiçoamento da autonomia
 - Sentir-se na medida do possível autor de sua história de vida!



MICHEL CABRAL
RUA CONCEIÇÃO

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